O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, disse em conferência de imprensa que o inquérito será realizado por uma comissão constituída por cinco pessoas.
A comissão será dirigida por um juiz-conselheiro jubilado do Tribunal Administrativo e vai integrar ainda dois engenheiros, um médico e um representante da Associação Moçambicana para as Vítimas de Acidentes Rodoviários (Amviro).
"Naturalmente que ela [a comissão de inquérito] é criada havendo esta inspiração do último acidente [que ocorreu no distrito da Manhiça], mas antes daquele e depois temos sido palco de muitos acidentes rodoviários" que têm feito muitas vítimas, declarou Filimão Suaze.
Na noite do dia 03, um acidente de viação em Maluana, distrito da Manhiça, província de Maputo, provocou a morte de 32 pessoas, ferindo 28 pessoas, 12 das quais gravemente.
A tragédia envolveu dois camiões e um autocarro da transportadora Nhancale, que tentou fazer uma ultrapassagem irregular, embateu num dos camiões e capotou.
Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente em acidentes de viação em estradas moçambicanas, segundo dados avançados à Lusa pela Amviro.
Em 2020, o país registou o número mais baixo de fatalidades nas estradas dos últimos 10 anos (855 óbitos), um dado associado às restrições impostas pela covid-19.
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