"É no primeiro trimestre de 2022 que vamos terminar a operação Barkhane de forma ordeira, mas continuando a agir" na região, porque "não estamos a desarmar", disse o Presidente francês, durante o tradicional discurso aos exércitos na véspera do desfile de 14 de julho.
Macron adiantou na sexta-feira que o processo de encerramento das bases da força Barkhane no norte teria início na "segunda metade de 2021" e que as instalações de Kidal, Tessalit e Timbuktu seriam desativadas "no início de 2022".
O chefe de Estado já tinha anunciado uma redução progressiva do contingente militar francês na zona do Sahel, após oito anos de presença ininterrupta, reduzindo a força para entre 2.500 a 3.000 militares "a prazo".
A decisão significa que França desistirá de tentar proteger vastas áreas onde os Estados não conseguem recuperar uma posição. As missões serão doravante centradas no contraterrorismo, bem como no apoio aos exércitos locais para os ajudar a crescer e a tornarem-se autónomos, através das tropas europeias da nova ´task force` Takuba, que desfilará quarta-feira na parada da avenida dos Campos Elísios.
O Presidente, Macron, saudou a ação dos militares da força Barkhane, destacados desde 2014 no Sahel.
"Foram o exército francês e a operação Barkhane que impediram, nos últimos anos, a constituição de um califado territorial no Sahel", disse Emmanuel Macron.
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, esteve hoje em Paris para uma reunião ministerial entre os nove países europeus que integram a ´task force` Takuba que opera no Mali, tendo em vista o aumento do contingente português nesta força militar.
Após o anúncio do desmantelamento progressivo da operação Barkhane na região, a França está a contar o grupo de 600 operacionais, que irá treinar unidades malianas em combate.
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