Os confrontos entre grupos de cubanos residentes naquele país da América do Sul duraram várias horas, tendo sido precisa uma operação policial para os dispersar, da qual resultou um detido e um ferido.
De acordo com a agência de notícias EFE, mais de 200 pessoas reuniram-se junto à Embaixada cubana, gritando palavras de ordem com "Viva Cuba libré", enquanto agitavam bandeira e batiam em panelas.
Logo a seguir, e de acordo com dados oficiais, um grupo de 150 de cubanos -- leal ao governo comunista -- chegou ao local dos protestos e começou a reprimir os manifestantes, conseguindo removê-los das proximidades do consulado.
"Estou aqui para defender o meu povo dos ditadores comunistas e para defender que os cubanos não reprimam, nem nos matem. Pedimos liberdade", exclamou Jorge Santos, que apelou ao "fim do regime de Castro".
Já uma jovem chilena disse que estava "a proteger a Embaixada [cubana]".
"É tudo por causa do bloqueio que os Estados Unidos [da América] mantêm há anos. Temos de ambicionar que não haja intervenções que ameacem a liberdade de um povo", acrescentou Laura Díaz, citada pela EFE.
Milhares de cubanos saíram às ruas no domingo para protestar contra o governo comunista, num dia sem precedentes que resultou em centenas de detenções e vários confrontos.
Os protestos, os maiores de o "Maleconazo" de agosto de 1994, ocorreram com o país caribenho mergulhado numa grave crise financeira e de saúde, com a pandemia da covid-19 fora de controlo e com uma séria escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, além dos cortes de energia e Internet móvel.
As autoridades de Cuba ainda não revelaram dados oficiais sobre os detidos e desaparecidos, mas organizações internacionais, ativistas e listas que circulam na redes sociais, na Internet, indicam centenas.
Leia Também: Cubanos de Miami preparam expedição de solidariedade com manifestantes