"Está-se a vacinar pouco em Santiago, não por falta de vacinas, temos vacinas em quantidade, espaços prontos para as pessoas irem vacinar-se, temos de reforçar o nosso engajamento enquanto cidadão", pediu o chefe do Governo, durante a inauguração de obras no concelho de São Miguel.
Na sua intervenção, Ulisses Correia e Silva sublinhou que as vacinas salvam vidas, e está demonstrado que uma pessoa fica protegida quando vacinada contra este vírus.
"E podemos continuar a ter mortes se não nos protegermos, se não fizermos o que deve ser feito", avisou, pedindo a mudança de atitude para o país poder atingir a meta de vacinar pelo menos 70% da sua população adulta elegível ainda este ano.
O primeiro-ministro fez uma comparação com a ilha do Sal, onde diz que mais de 60% da sua população já está vacinada, enquanto em Santiago os valores situam-se entre 18% e 20%.
"Temos de fazer um esforço, porque é importante não só para a economia, para o emprego, para o rendimento e para outros investimentos que vamos fazer", referiu Correia e Silva, pedindo a todos para serem "cidadãos responsáveis" e com capacidade de influenciar outros.
"A maior prenda que podemos dar a nós mesmos e a Cabo Verde é chegar ao mês de setembro com mais de 70% de população vacinada. Está nas nossas mãos", afirmou.
O primeiro-ministro informou ainda que vai realizar visitas a todos os municípios de Santiago para fazer uma "forte campanha" de mobilização para a vacinação contra a covid-19.
O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, disse hoje que o ritmo de vacinação na ilha do Sal "é excelente", com cerca de 18 mil pessoas já imunizadas, das quais 17 mil com a primeira dose.
"Isso é um dado muito importante e significa que a população do Sal compreendeu muito bem a mensagem e tem vivido a situação da pandemia em Cabo Verde, pelo impacto no setor do turismo e por isso, há todo um interesse em se vacinar para que possam retomar a sua vida o mais normal possível", afirmou o ministro, numa citação publicada pelo Ministério da Saúde.
Segundo aquele ministério, a taxa de vacinação a nível nacional está a rondar os 35%, e há ilhas com uma taxa maior, como o exemplo Santo Antão, que está acima dos 50%.
Na segunda-feira, o diretor nacional de Saúde, Jorge Barreto, avançou em conferência de imprensa que, em termos de concelhos, o da Ribeira Grande de Santo Antão liderava a vacinação, com 66,7% da sua população adulta com pelo menos uma dose.
Seguia-se Tarrafal de São Nicolau, com 62,3%, a ilha do Sal, com 60,6%, Paul (57,6%), Ribeira Brava de São Nicolau (55,9%), enquanto todos os outros concelhos têm percentagem abaixo de 50%.
Cabo Verde tinha até quarta-feira um acumulado de 33.395 casos do novo coronavírus desde 19 de março de 2020, dos quais 297 resultaram em óbitos, 32.570 considerados recuperados da doença e 508 casos ativos.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.128.543 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,9 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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