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Pelo menos 16 mortos em emboscada na RDCongo

Pelo menos 16 civis foram mortos numa emboscada realizada por alegados membros do grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF, em inglês), no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), disseram hoje fontes médicas e do governo local.

Pelo menos 16 mortos em emboscada na RDCongo
Notícias ao Minuto

09:13 - 23/07/21 por Lusa

Mundo Congo

"A emboscada ocorreu na quinta-feira à noite entre Maimoya e Chani-chani, local onde todas as quintas-feiras é organizada uma feira. Temos 16 corpos no necrotério do hospital geral de referência de Oicha", declarou à agência de notícias AFP Nicolas Kikuku, autarca de Oicha.

As vítimas, que voltavam da feira, "são 15 adultos, seis mulheres e nove homens, além de uma criança, todos mortos a tiro", disse à AFP o Jérôme Munyambethe, diretor do hospital geral de Oicha.

"No momento, estamos a tentar estabilizar nove feridos", acrescentou Munyambethe.

A emboscada ocorreu na cidade de Maimoya, a 40 quilómetros da cidade de Beni, na província de Kivu do Norte.

Kivu do Norte e a província vizinha de Ituri estão em estado de sítio desde 06 de maio devido aos grupos armados que aterrorizam civis.

O Presidente congolês, Félix Tshisekedi, substituiu as autoridades civis locais por oficiais do exército e da polícia.

Originalmente formados por rebeldes muçulmanos de Uganda, as ADF operam há quase 30 anos no leste da RDCongo.

As ADF são o mais mortífero entre os cerca de cem grupos armados ativos no leste do Congo. São acusados de massacres de civis, nos quais 6.000 pessoas morreram desde 2013, de acordo com um relatório do episcopado congolês.

Desde abril de 2019, alguns ataques das ADF foram reivindicados pela organização 'jihadista' Estado Islâmico (EI) por meio dos seus canais habituais nas redes sociais.

O EI designa o grupo como parte de sua "Província da África Central" (Iscap).

Em março, os Estados Unidos colocaram as ADF na lista de "organizações terroristas" afiliadas ao EI. Em várias mensagens, os rebeldes alegaram ser do EI, no entanto, há muitas dúvidas sobre a realidade e a profundidade dessas supostas ligações.

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