A nova lista de pessoas sujeitas pela UE a medidas restritivas, inclui figuras do Estado nicaraguense, incluindo a mulher de Ortega, que é também vice-presidente, Rosario Murilo, e o filho de ambos e líder do Movimento sandinista Juan Carlos Ortega Murilo.
Para além destes, há ainda outras seis figuras do regime de Manágua na lista de pessoas sujeitas a um congelamento de bens e os cidadãos e empresas da UE estão proibidos de colocar fundos à sua disposição.
"A detenção de um sétimo potencial candidato presidencial no passado fim de semana ilustra tristemente a magnitude da repressão na Nicarágua e projeta um quadro sombrio para as próximas eleições", refere a UE, que reitera a condenação da "repressão sistemática por parte das autoridades nicaraguenses", apelando ao regime para revogar "as leis restritivas" e à "libertação imediata e incondicional dos presos políticos, bem como ao pleno respeito dos direitos humanos, civis e políticos de todos os cidadãos nicaraguenses".
De acordo com um comunicado do Conselho da UE, os visados estão também sujeitos a uma proibição de viajar, o que os impede de entrar ou transitar nos 27 Estados-membros.
A UE considera que a situação política na Nicarágua se deteriorou ainda mais nos últimos meses.
"A utilização política do sistema judicial, a exclusão dos candidatos das eleições e a exclusão arbitrária dos partidos da oposição são contrárias aos princípios democráticos básicos e constituem uma grave violação dos direitos do povo nicaraguense", considera ainda o Conselho.
As sanções à Nicarágua foram introduzidas em outubro de 2019.
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