Testes em massa em Macau "basicamente concluídos", garantem autoridades

As autoridades de Macau anunciaram hoje que os testes de covid-19 a toda a população estão "basicamente concluídos", uma medida decretada após terem sido detetadas quatro infeções locais, não tendo sido para já diagnosticados novos casos.

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Lusa
06/08/2021 12:47 ‧ 06/08/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Os quatro casos da variante Delta do novo coronavírus detetados numa família residente em Macau levaram na terça-feira o Governo do território a decretar o "estado de emergência imediata" e a realização de testes à covid-19 para toda a população, a partir de quarta-feira e durante três dias.

Em comunicado, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus informou que "a recolha de amostras para testes à covid-19 foi concluída basicamente hoje (dia 06) de manhã", sem no entanto indicar o número de pessoas que ainda não foram testadas.

Horas antes, o Centro tinha informado que, até às 08:00 de hoje (01:00 em Lisboa), "foram testadas 530 mil pessoas" e que "210 mil já receberam o resultado, sendo todos negativos".

Na conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia no território, as autoridades de saúde atualizaram a informação, indicando que, até às 16:00 (09:00 em Lisboa), 578 mil pessoas tinham sido testadas (cerca de 85% da população), a que acrescem cerca de 100 mil pessoas que já tinham efetuado um teste 24 horas antes do início da testagem em massa.

"Se fizermos o cálculo, já ultrapassámos os 683 mil [residentes], mas ainda temos de verificar se há pessoas que fizeram o teste duas vezes", disse o médico Tai Wai Hou, coordenador do plano de vacinação no território.

O responsável precisou que não dispõe para já do número de pessoas que ainda têm de ser testadas, já que, no cálculo, além das 683 a 684 mil pessoas "com residência habitual" no território (incluindo trabalhadores não residentes, os chamados TNR), há ainda que contar os turistas que "permanecem em Macau" e que "também precisam de fazer" o teste.

"Vamos, através de vários meios e instrumentos, fazer o rastreio das pessoas que [ainda] têm de fazer o teste", acrescentou.

Os postos de recolha de testes em massa vão continuar abertos até às 09:00 de sábado e têm capacidade para realizar "entre 200 e 300 mil testes por dia", pelo que não haverá dificuldades em concluir os testes em massa, informaram as autoridades.

Os responsáveis da saúde não excluíram a possibilidade de fazer uma segunda ronda de testes em massa, "para poder garantir a segurança a 100%" da população, já que "a variante Delta tem uma forte transmissão e um período de incubação muito prolongado", apontaram.

A vacinação contra a covid-19, suspensa na quinta-feira, deverá ser retomada a partir de domingo, "se não houver uma segunda ronda", informaram ainda.

No arranque dos testes em massa, na quarta-feira, registaram-se filas enormes nos postos de testagem, a decorrer em 42 locais, incluindo 28 em Macau e 14 na área da Taipa e Coloane (Cotai).

Problemas informáticos causaram problemas na marcação dos testes e na criação do código QR de saúde que vigora no território, o que já levou as autoridades a pedirem desculpa à população.

Na nota divulgada hoje, o Centro de Coordenação de Contingência lamentou novamente "a confusão causada pela deficiente organização no primeiro dia, levando a população à longa espera nas filas".

Na origem dos quatro novos casos (uma família com dois filhos) esteve a filha do casal, que se deslocou a Xian, na China, em visita escolar, entre 19 e 24 de julho, informaram os responsáveis de saúde.

Macau detetou apenas 63 casos desde o início da pandemia, não registando qualquer morte. Nenhum profissional de saúde foi infetado ou identificado qualquer surto comunitário.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

Leia Também: Macau recebe ajuda de 300 técnicos da China para testar população

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