Espanha. Snickers pede desculpa e remove anúncio acusado de homofobia
Anúncio gerou onda de indignação em Espanha, incluindo uma crítica da ministra da Igualdade, Irene Montero.
© Reprodução
Mundo Homofobia
A Snickers Espanha pediu desculpa e removeu um anúncio que gerou uma onda de polémica no país, sendo descrito como abertamente homofóbico. A empresa lamentou, através de comunicado publicado nas redes sociais, "o mal-entendido que possa ter causado".
O vídeo de apenas 20 segundos tem como protagonista um influencer espanhol, Aless Gibaja, que pede ao funcionário, numa esplanada, um "sumo de laranja sexy". Ao mesmo tempo, o amigo que está sentado a seu lado troca um olhar confuso com o empregado, que decide entregar-lhe, ao invés do sumo, um chocolate Snickers.
Depois de um dentada, o primeiro interlocutor muda completamente de atitude, apresentando-se mais másculo e com uma voz mais grave. "Estás melhor?", pergunta-lhe o amigo. "Sim", responde.
O tema do anúncio, que já foi utilizado em campanhas anteriores, é: "Se estás com fome, não és tu próprio".
O anúncio gerou indignação geral, com reações a surgir de vários quadrantes. A ministra da Igualdade, Irene Montero, condenou o uso de "homofobia como estratégia comercial". "Questiono-me a quem poderá parecer uma boa ideia usar a homofobia como estratégia comercial. A nossa sociedade é diversa e tolerante. Oxalá possa aprender a sê-lo também quem tem poder para tomar decisões sobre o que vemos e ouvimos nos anúncios e nos programas de televisão".
Me pregunto a quién le puede parecer una buena idea usar la homofobia como estrategia comercial.
— Irene Montero (@IreneMontero) August 5, 2021
Nuestra sociedad es diversa y tolerante. Ojalá aprendan a serlo también quienes tienen el poder para tomar las decisiones sobre lo que vemos y oímos en anuncios y programas de TV.
"É vergonhoso e lamentável que nesta altura haja empresas a perpetrar estereótipos e a promover a homofobia", declarou a Federação Estatal LGBT, também através do Twitter.
A Snickers respondeu através de comunicado, anunciando a decisão de remover o anúncio e pedindo desculpas pelo "mal-entendido que possa ter causado". "Em nenhum momento se pretendeu ofender ou estigmatizar a nenhuma pessoa ou comunidade", acrescentaram. "De novo, lamentamos qualquer mal-entendido".
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