"As forças armadas vão fazer tudo o que é necessário para ajudar a população da Guiné-Bissau. Uma população que enfrenta enormes sacrifícios, o que nos levou a lutar pela sua independência do jugo colonial, para se tornar no melhor povo do mundo" disse o chefe do Estado-Maior.
O general Biagué Na N'Tan falava após a receção de materiais hospitalares doados por uma organização não-governamental aos serviços de saúde militar.
O donativo, oferecido pelo Coletivo dos Profissionais Promotores de Saúde e Bem-Estar da Humanidade (CPSBH-GB), incluiu oito camas hospitalares, oito colchões para camas hospitalares, compressas, oito embalagens de cobertores, duas cadeiras de rodas e material ortopédico.
Os materiais doados, segundo os serviços sociais do Estado-Maior, vão ser distribuídos por diferentes unidades de saúde militar, incluindo o hospital militar principal -- Sino- Guineense.
O chefe das forças armadas disse que hoje os militares têm a mesma responsabilidade e vontade de servir o povo da Guiné-Bissau. Por isso, frisou, que os materiais hospitalares recebidos chegaram numa altura em que as forças armadas "trabalham arduamente para dignificar a saúde militar".
"As unidades de saúde em diferentes quartéis pertencem também ao povo, porque qualquer cidadão que se depare com problemas de saúde pode recorrer aos serviços de saúde militar sem problema. Os técnicos que estão lá escolheram esta profissão para salvar a vida humana" enfatizou.
Biagué Na N'Tan agradeceu o gesto e garantiu que os materiais doados serão bem protegidos e usados para o benefício dos militares e da população, que também recorre às unidades de saúde militar.
"Temos o hospital principal e temos também serviços hospitalares do Exército, da Força Aérea e da Marinha de guerra nacional. Esses materiais podem ser distribuídos por essas diferentes unidades no sentido de colmatar as dificuldades existentes", notou.
O chefe das forças armadas da Guiné-Bissau apelou também para que mais pessoas sigam o gesto daquela organização não-governamental e apoiem os militares guineenses.
O presidente da CPSBH-GB, Miguel Marçal da Silva, realçou que o hospital militar principal e as unidades de saúde militar em diferentes regiões do país têm desempenhado um papel "importante" a salvar vidas de pessoas que recorrem aos seus serviços, sobretudo durante a vigência de greves recorrentes registadas nos hospitais públicos.
"Se não tivéssemos o hospital militar e as unidades de saúde militar poderíamos ter muito mais óbitos. Como coletivo de profissionais para a promoção de saúde não podíamos fazer nada para acabar com a greve, mas ficamos gratos pelos serviços feitos no período da greve por diversas unidades de saúde militar", assegurou.
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