"Não vai haver vacinação obrigatória. Afirmo categoricamente. A vacinação é voluntária. Se alguém quer vacinar-se, vacina-se, e se não quiser, não se vacina", disse o chefe de Estado bielorrusso, citado pela agência estatal Belta.
Lukashenko, que a princípio negou a existência da pandemia e a descreveu como "psicose coletiva", disse também hoje que não vê motivos para preocupação.
"Quero assegurar a todos que estamos a lidar com este flagelo de forma digna, sem barulho excessivo de informações, nem batalhas políticas", afirmou.
Ainda assim, acrescentou que algumas categorias de cidadãos terão de ser, na sua opinião, vacinados.
"Acho que os médicos não precisam de ser convencidos de que precisam de ser vacinados porque trabalham com os cidadãos e são gente preparada", vincou.
Lukashenko, que foi infetado por covid-19 no ano passado, destacou que a Bielorrússia tem atualmente várias vacinas, entre as quais as russas e as chinesas.
Ao mesmo tempo, o país está a desenvolver o seu próprio fármaco contra o coronavírus Sars-Cov-2, que está em fase de estudos pré-clínicos e pode ser lançado no próximo ano, segundo fontes de saúde.
"Vai ter muita procura", antecipou o Presidente bielorrusso, referindo que o país pode ganhar "centenas de milhões de dólares" com a exportação desse medicamento.
A Bielorrússia totalizou 456.000 casos de covid-19 desde o início da pandemia, 966 dos quais nas últimas 24 horas.
A covid-19 provocou pelo menos 4.323.957 mortes em todo o mundo, entre mais de 204,6 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.514 pessoas e foram registados 993.241 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
Leia Também: Proposta de lei polaca para os media envia "sinal negativo", diz Bruxelas