Sobe para 304 o número de mortos após violento sismo no Haiti

Apesar de o primeiro-ministro haitiano ter indicado que só pediria ajuda internacional após conhecer a dimensão real dos danos, os EUA já ofereceram apoio e Biden autorizou uma resposta norte-americana imediata.

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Filipa Matias Pereira com Lusa
14/08/2021 19:56 ‧ 14/08/2021 por Filipa Matias Pereira com Lusa

Mundo

Sismo

O violento sismo de magnitude 7,2 que atingiu o Havai, este sábado, levou o primeiro-ministro do país, Ariel Henry, a declarar o estado de emergência durante um mês. 

Em conferência de imprensa, o governante detalhou que o abalo provocou "grandes danos", mas que não pedirá ajuda internacional até que seja conhecia a extensão real dos danos. 

O número de mortos na sequência do sismo é agora de 304, segundo um balanço revelado pela agência Efe ao final da noite deste sábado.

"As primeiras intervenções, realizadas tanto pelas equipas de salvamento profissionais, como pelos membros da população, permitiram retirar muitas pessoas dos escombros. Os hospitais continuam a receber feridos", indicou a Proteção Civil haitiana no Twitter, durante esta tarde, altura em que tinha confirmado a existência de 227 mortes. 

Na rede social Twitter, Frantz Duval, editor-chefe do jornal Le Nouvelliste do Haiti, revelou que dois hotéis da cidade de Les Cayes colapsaram na sequência do sismo. Frantz Duval indicou ainda que o hospital local está sobrecarregado.

O cadáver do ex-senador haitiano Gabriel Fortuné, proprietário do hotel Le Manquier, foi retirado dos escombros, segundo testemunhas. A sua morte foi confirmada pelo primeiro-ministro.

O terramoto, de acordo com a informação disponibilizada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), ocorreu às 08h29 locais (13h29 em Lisboa), na cidade de Petit Trou de Nippes, a 150 quilómetros da capital Port-au-Prince, a uma profundidade de 10 quilómetros. 

O longo abalo de terra foi sentido em todo o país, mas o município de Jérémie, com mais de 200.000 habitantes e situado no extremo sudoeste da península, sofreu os maiores danos no centro, principalmente composto por antigas casas térreas.

"O telhado da catedral caiu. A rua principal está bloqueada [...]. É lá que está toda a atividade económica da cidade", disse um habitante da cidade, Job Joseph, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

A agência geológica associou ao sismo um alerta vermelho na sua escala de danos humanos, o que significa que "é provável que haja um elevado número de vítimas e é provável que o desastre afete uma zona extensa", indicou, na sua página da internet.

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) emitiu um alerta de tsunami que posteriormente levantou, ao determinar que se extinguira a ameaça de ocorrer esse fenómeno caracterizado por ondas gigantes.

Entretanto, Biden "autorizou uma resposta norte-americana imediata e encarregou a diretora da Agência Norte-Americana de Ajuda Internacional (USAID), Samantha Powers, de coordenar esses esforços", disse à imprensa um responsável da Casa Branca que solicitou o anonimato.

A Casa Branca não especificou em que consistirá essa ajuda e não esclareceu se enviará imediatamente algum tipo de assistência para o país caribenho que divide com a República Dominicana a ilha de Hispaniola e que é o mais pobre do continente americano.

Também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou a sua solidariedade "e a de todo o povo espanhol" ao Haiti devido ao grave sismo hoje sofrido, numa mensagem publicada na sua conta oficial da rede social Twitter, na qual acrescentou: "Contais com o apoio de Espanha para seguir em frente após este terrível acontecimento".

Em janeiro de 2010, o Haiti registou um terramoto de 7 graus na escala de Richter que causou 300.000 mortos, outros milhares de feridos e afetou 1,5 milhões de pessoas.

[Notícia atualizada às 23h45]

Leia Também: ″Violento terremoto″ no Haiti fez pelo menos 29 mortos

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