A Costa do Marfim recebeu 5.000 doses de vacina contra o Ébola da Guiné e "irá vacinar" a partir de hoje à tarde o "pessoal de saúde, familiares próximos da vítima e os seus contactos", disse o porta-voz do ministério, Germain Mahan Sehi, citado pela agência France-Presse.
Fontes sanitárias da Costa do Marfim tinham indicado que as primeiras vacinações de "grupos alvo" tinham começado no domingo.
Estas vacinas começam após "a formação (...) de várias dezenas de vacinadores, na presença de cinco peritos da Organização Mundial de Saúde (OMS) da Guiné", um país vizinho que foi gravemente afetado, entre 2013 e 2016, e onde o vírus reapareceu em 2021.
No sábado, as autoridades sanitárias da Costa do Marfim foram informadas pelo Instituto Pasteur de "um caso positivo de doença do vírus Ébola, após exame de uma amostra colhida" na sexta-feira de "uma menina de 18 anos, de nacionalidade guineense".
"É extremamente preocupante que esta epidemia tenha sido declarada em Abidjan, uma metrópole de mais de quatro milhões de habitantes", afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para África, numa declaração.
"Não há provas que sugiram que o caso na Costa do Marfim esteja ligado ao recente surto na Guiné", disse a OMS. "Uma investigação mais aprofundada e uma sequenciação genómica identificarão a estirpe do vírus e determinarão se existe uma ligação", acrescentou.
O Ébola é uma doença viral frequentemente fatal que afeta os seres humanos e outros primatas. "As taxas de casos fatais variaram entre 25 e 90% em surtos anteriores", de acordo com a OMS.
Contudo, um tratamento eficaz está agora disponível e se os pacientes forem geridos numa fase precoce da doença, com cuidados de apoio, as suas hipóteses de sobrevivência melhoram consideravelmente.
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