Deputados guineenses suspensos do PAIGC recusam renunciar ao mandato

Os cinco deputados suspensos do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) recusaram hoje renunciar aos seus mandatos de deputado da Guiné-Bissau.

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Lusa
19/08/2021 ‧ 19/08/2021 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

 

"Não vamos renunciar ao mandato só pelo facto de votarmos o programa do Governo da coligação liderada por Nuno Gomes Nabian, porque a dinâmica parlamentar permite-nos fazer este exercício", disse Luís de Jesus Leopoldo.

O deputado falava em conferência de imprensa, para reagir à decisão do conselho nacional de jurisdição e fiscalização do PAIGC.

O conselho nacional de jurisdição do PAIGC suspendeu a militância dos cinco deputados que votaram a favor do programa de Governo, liderado por Nuno Gomes Nabian, designadamente: Luís de Jesus Leopoldo, Braima Djaló, Saliu Embaló, Leopoldo da Silva e Mamadi Baldé, por um período de três anos.

O PAIGC intimou também os cinco deputados a "apresentarem por escrito ao partido a sua renúncia ao mandato de deputado, num prazo não superior a sete dias úteis, a contar da sua notificação".     ??????

Para o deputado Luís de Jesus Leopoldo, renunciar ao mandato é como faltar ao respeito ao povo que votou nas urnas, salientando que em nenhuma circunstância vão renunciar ao mandato.

O deputado disse que é momento de olhar para o país e para a população, que não pode ser vítima de "uma guerra de um pequeno grupo que acham que são donos do país".

"Entendemos que no quadro do exercício democrático devíamos tomar parte da sessão" explicou o deputado, afirmando que os estatutos e regulamento disciplinar do PAIGC não se sobrepõe à Constituição da República e muito menos aos estatutos dos deputados ou ao regimento da Assembleia Nacional Popular.

Ao votarem o programa de Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, os cinco deputados garantiram a maioria parlamentar ao Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido de Renovação Social (PRS) e à Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que formam o atual executivo em funções no país.

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