Duas pessoas morreram no Japão depois de terem recebido a segunda dose da vacina da Moderna de um dos três lotes que estão a ser investigados pelo Ministério da Saúde devido a possível contaminação, noticia o El País.
As duas pessoas em causa são dois homens com 30 e 38 anos. Morreram dias depois de terem sido inoculados com a segunda dose da vacina contra a Covid-19. As causas da morte estão ainda a ser investigadas. Os dois homens, que tiveram febre depois de receberem a vacina, não apresentavam problemas de saúde ou histórico de alergias, acrescentou o Ministério da Saúde, através de um comunicado.
Recorde-se que ainda ontem o Ministério da Saúde japonês indicou que não tinham sido detetados quaisquer problemas em doentes inoculados com a vacina Moderna em causa.
As autoridades continuam a investigar as causas da presença de impurezas em 39 frascos da vacina Moderna, o que levou ao bloqueio preventivo de 1,63 milhões de doses, provenientes de Espanha, que deviam ser utilizadas ou já tinham sido administradas a alguns pacientes.
O ministro da Saúde do Japão, Norihisa Tamura, pediu à farmacêutica norte-americana Moderna e à distribuidora nipónica Takeda para "tomarem medidas para evitar que isto volte a acontecer e para encontrar a causa em breve", e "evitar preocupar as pessoas que se vacinam".
Fontes do mesmo Ministério disseram à agência de notícias espanhola EFE que o Japão pretende continuar a depender do fornecimento da Moderna de Espanha, principal fornecedor da vacina da farmacêutica norte-americana no país asiático, enquanto a investigação dos frascos contaminados decorrer.
O Japão decidiu bloquear 1,63 milhões de vacinas de três lotes produzidos em Espanha pela Rovi, a empresa farmacêutica responsável pelo fabrico de uma grande parte das vacinas Moderna no mercado internacional, que também está a investigar as causas dos problemas de qualidade.
A deteção das partículas anormais afeta um lote do produto "distribuído exclusivamente no Japão", disse a Rovi, na véspera, numa declaração à Comissão Espanhola de Títulos e Câmbios (CNMV).
"A origem do incidente de fabrico pode estar numa das linhas de produção da Rovi, que está a trabalhar no sentido de fornecer toda a informação e colaboração que permitam o progresso da investigação", acrescentou a empresa.
A maioria dos lotes bloqueados já tinha sido distribuída a centros de vacinação no Japão, empresas e outras organizações responsáveis pela inoculação, e algumas das vacinas já tinham sido utilizadas em doentes, segundo as autoridades japonesas, que não forneceram dados específicos sobre o número de pessoas que tinham recebido vacinas dos lotes bloqueados.
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