Numa declaração citada pela Efe, a presidência francesa referiu que as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer serão entregues durante os próximos três meses como parte da iniciativa do Fundo Africano de Aquisição de Vacinas (AVAT), lançada pela UA, e o mecanismo Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outros, para assegurar o acesso global às vacinas.
"A pandemia só pode ser superada através de uma intensa cooperação entre atores multilaterais, regionais e nacionais", explicou o Presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que esta operação demonstra a sua vontade de estar "ao lado das populações africanas" para enfrentar o novo coronavírus.
A iniciativa AVAT é um mecanismo de contratação coletiva que permite aos Estados-membros da UA cobrir pelo menos 50% das suas necessidades, e é complementada pela Covax, que se destina a cobrir os restantes 50%.
Assim, foram feitas compras para que 400 milhões de pessoas, ou um terço da população africana, possam ser vacinadas até setembro de 2022, a um custo de 3 mil milhões de euros, com o apoio do Banco Mundial.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considerou esta última doação "um gesto forte e bem-vindo de solidariedade humana e cooperação política, numa altura em que o mundo mais precisa dela".
"Uma África mais segura e saudável é uma condição essencial para que o mesmo aconteça no mundo como um todo", acrescentou Ramaphosa, presidente em exercício da UA.
África registou 194.823 mortos devido à Covid-19 e 7.741.917 infetados desde o início da pandemia, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
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