"As nossas comunidades devem unir-se contra estes terríveis ataques. A violência punitiva não é resposta", escreveu o gabinete do Presidente nigeriano num comunicado datado de domingo e hoje citado pela agência France-Presse (AFP).
Jos, no estado do Plateau, que se situa numa linha que separa o norte da Nigéria, predominantemente muçulmano, do sul, maioritariamente cristão, tem sido afetada por confrontos étnicos e religiosos durante anos.
Responsáveis locais disseram, porém, que os mais recentes ataques na região foram resultado de criminosos e não de natureza religiosa.
As tensões têm estado elevadas no estado desde que pelo menos 23 pessoas foram mortas num ataque a peregrinos muçulmanos por parte de uma milícia cristã, neste mês.
As autoridades acusaram jovens irigwe, uma etnia maioritariamente cristã, de atacarem um conjunto de cinco autocarros de peregrinos muçulmanos que regressavam do estado vizinho de Bauchi, onde tinham estado a celebrar o novo ano islâmico.
As acusações foram rejeitadas, no entanto, por um representante dos irigwe.
Cerca de uma semana depois, homens armados atacaram uma aldeia cristã perto de Jos, matando pelo menos 18 pessoas e incendiando casas.
As tensões no centro da Nigéria, onde há mais de 250 grupos étnicos, são um dos múltiplos desafios que o país, o mais populoso de África, enfrenta.
As forças de segurança têm também enfrentado uma insurreição 'jihadista' no noroeste, grupos de sequestradores no norte e grupos com aspirações separatistas no sudeste durante a última década.
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