Bispos angolanos alertam para grupos religiosos "sem vínculo" à igreja

Bispos católicos angolanos alertaram hoje para a existência de grupos religiosos que se "autodenominam católicos, mas não possuem qualquer vínculo" com a igreja Católica em Roma e nem com a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

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Lusa
03/09/2021 16:22 ‧ 03/09/2021 por Lusa

Mundo

Angola

 

Segundo os bispos angolanos das dioceses de Luanda, Viana e Caxito, províncias eclesiais da arquidiocese de Luanda, a "Igreja Católica de Unidade do Mundo, Igreja Católica Ortodoxa e a Associação dos Peregrinos de Santa Rita de Cássia que não estão em comunhão com papa Francisco".

Numa nota de esclarecimento do Tribunal Interdiocesano de Primeira Instância da Província Eclesiástica de Luanda, tornada pública hoje, os prelados católicos angolanos esclarecem que o uso de nomes, termos, símbolos e instituições "próprios da Igreja Católica por outras denominações religiosas, distintas da mesma, pode gerar equívocos e confusões entre os fiéis católicos".

O arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias, o bispo de Viana, Emílio Sumbelelo, e o bispo de Caxito, Maurício Agostinho Camuto assinam a nota e pedem às autoridades "providências administrativas e judiciais".

Os bispos católicos, afetos à CEAST, alertam também para o que consideram de "desrespeito e impunidade da infração" da lei sobre a liberdade de religião e culto em relação ao "respeito integral dos símbolos e objetos religiosos das confissões religiosas legalizadas".

Segundo os bispos angolanos, o uso das palavras católico, paróquia, frei, padre, bispos "pode induzir a engano e erro", alertando que "quaisquer presumíveis sacramentos realizados por essas denominações religiosas são inválidos e nulos para os fiéis católicos".

Podem trazer ainda "sérias consequências de ordem espiritual e pastoral, bem como sanções canónicas que, em situações graves, podem chegar à excomunhão", advertem.

Os catequistas das comunidades, os coordenadores dos diversos movimentos apostólicos e associações católicas, observam, "devem denunciar, junto dos respetivos párocos, aqueles fiéis que, mesmo conhecendo o perigo que correm frequentam tais lugares".

Leia Também: Angola registou nos últimos dois anos 3,8 milhões de pessoas

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