São Tomé: Primeiro-ministro espera "fair-play" entre os candidatos
O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, disse hoje esperar que o arquipélago tenha aprendido com o erro da primeira volta das presidenciais para que o processo da segunda volta aconteça num clima de paz e serenidade.
© Lusa
Mundo Eleições
Jorge Bom Jesus exerceu o seu direito de voto na localidade de Chácara, no distrito de Água-Grande, e disse esperar que o processo de votação para a segunda volta decorra de forma pacífica, como em 18 de julho.
"Pedir que todo esse processo aconteça neste clima de paz de que desfrutámos, de serenidade, de tranquilidade e que, a semelhança do que aconteceu na primeira volta, nós possamos ter aprendido com os erros e superar os problemas", disse Jorge Bom Jesus.
O primeiro-ministro considerou que "há um fair-play democrático que tem de prevalecer", tendo destacado o "acordo de cavalheiros, político e democrata", assinado há uma semana entre os dois candidatos diante da representante das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe.
Bom Jesus pediu à população para que vá votar, considerando que é um "privilégio", periodicamente ter "esse direito, que é um dever ao mesmo tempo", de escolher os dirigentes.
O primeiro-ministro acredita que São Tomé e Príncipe tem "uma democracia relativamente madura", com cerca de 30 anos, mas é "sempre suscetível de aperfeiçoamento", considerando que "problemas haverá sempre" e devem ser superados.
Jorge Bom Jesus disse que o aumento do número de casos da covid-19 nas últimas semanas "é uma preocupação do Governo", assegurando, contudo, que a pandemia está "relativamente controlada" no país, mas "é sempre difícil controlar os excessos deste período eleitoral, que coincidentemente foi o período das férias", marcado pelo regresso de muitos são-tomenses residentes na diáspora.
"Nós já começámos, ao nível do Governo, a tomar algumas medidas", anunciou o chefe do executivo, acrescentando que vai reunir na terça-feira o comité de crise para "analisar os indicadores epidemiológicos" e em função disso tomarem-se as medidas "que se impuserem" porque a prioridade "é a saúde do povo, é a vida do povo".
Na eventualidade de um aumento exponencial de casos após a segunda volta, Jorge Bom Jesus considerou que "a responsabilidade acaba por ser partilhada por toda gente".
"Cada são-tomense tem responsabilidade consigo próprio e com o seu próximo", alertou o chefe do governo, advertindo que "a doença não acabou".
"Há gente que, pelo baixo número de mortalidade [37 mortes] que nós tivemos pensam que não existe a doença", disse, alertando que é preciso "tomar todas as precauções" tendo em conta que o sistema de saúde são-tomense "é bastante débil".
Os candidatos Carlos Vila Nova e Guilherme Posser da Costa disputam hoje o cargo para a Presidência da República de São Tomé e Príncipe. Carlos Vila Nova (apoiado pelo partido Ação Democrática Independente, oposição) venceu a primeira volta das eleições presidenciais, realizada em 18 de julho, com 43,3% dos votos, enquanto Guilherme Posser da Costa (do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata, no poder) teve 20,7%.
Nesta segunda volta, Posser da Costa conta também com o apoio dos restantes partidos que compõem a 'nova maioria' que suporta o Governo de Jorge Bom Jesus -- Partido Convergência Democrática e a coligação UDD/MDFM.
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