A Alemanha "pede a libertação de todos os prisioneiros políticos da Bielorrússia", acrescentou uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo de Berlim.
Para o Executivo de Angela Merkel a condenação de Kolesnikova "é injustificável" e constitui "uma instrumentalização do sistema judiciário com finalidade de perseguição política, na Bielorrússia".
"Vamos continuar a manter pressão política sobre o regime e a apoiar ativamente a sociedade civil", acrescentou a porta-voz do governo alemão.
Maria Kolesnikova, 39 anos, foi condenada hoje por conspiração "contra o poder" pelos apelos às ações contra a segurança nacional assim como pela criação do Conselho de Coordenação, um grupo político considerado "organização extremista" pelo regime.
O advogado Maxim Znak, igualmente membro do Conselho de Coordenação, foi condenado hoje a 10 anos de prisão depois de ter sido acusado dos mesmos crimes.
Kolesnikova participou nas manifestações e protestos que se registaram no país após as eleições de agosto de 2020 e resistiu às tentativas das autoridades que a queriam forçar ao exílio.
Na altura, as forças de segurança conduziram a ativista, com a cara tapada, para a zona de fronteira mas Kolesnikova rasgou o passaporte recusando a expulsão e tendo sido presa de imediato.
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