O corpo do soldado foi descoberto no mês passado durante obras em Ammunition Hill, o local de uma famosa batalha entre forças israelitas e jordanas.
As orações fúnebres realizaram-se na mesquita de Al-Aqsa e uma guarda de honra jordana transportou o caixão para um cemitério islâmico nas proximidades. Além de militares e responsáveis do Governo jordano, participaram no funeral representantes palestinianos.
Israel conquistou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia à Jordânia em 1967, na designada Guerra dos Seis Dias. Os palestinianos querem que ambos os territórios integrem o Estado a que aspiram, posição apoiada por Amã.
O reino hachemita desistiu das suas reivindicações territoriais há décadas, mas continua a ser o guardião de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do islão, e de outros locais religiosos em Jerusalém Oriental.
Israel anexou posteriormente Jerusalém Oriental e considera toda a cidade como a sua capital indivisível, o que não é reconhecido pela lei internacional.
Jerusalém e os seus locais sagrados, também para os judeus e os cristãos, têm estado no centro do conflito israelo-palestiniano e ainda recentemente ajudaram a desencadear a guerra de 11 dias entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas, que controla o enclave da Faixa de Gaza.
Israel e a Jordânia assinaram um acordo de paz em 1994 e mantêm laços estreitos ao nível da segurança, mas as tensões devido a Jerusalém e ao impasse no processo de paz com os palestinianos aumentaram durante os 12 anos de governo do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que foi substituído em junho.
O novo Governo do Estado hebreu tem tentado melhorar as relações com o reino hachemita.
O primeiro-ministro, Naftali Bennett, encontrou-se em segredo com o Rei da Jordânia, Abdullah II, há menos de dois meses e, na semana passada, os dois países assinaram acordos sobre água e comércio.
Na mesma semana, o novo Presidente de Israel, Isaac Herzog, reuniu-se com o Rei jordano no seu palácio em Amã, a capital da Jordânia.
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