As forças israelitas realizam uma vasta caça ao homem desde a evasão de seis palestinianos, membros de grupos armados, de uma prisão de alta segurança no norte de Israel, através de um túnel sob um lavatório.
Estão a ser utilizados aviões não tripulados ('drones') de observação e foram montadas barreiras, na Cisjordânia ocupada e à volta da Faixa de Gaza, para encontrar os fugitivos, que estavam presos, alguns perpetuamente, por envolvimento em ataques anti-israelitas.
Dois irmãos de Mahmud Ardah, apresentado pelos media locais como arquiteto da operação de fuga, foram detidos pelo exército israelita, indicou num comunicado o Clube dos Prisioneiros Palestinianos.
Um primo de Ardah também escapou e o seu irmão e um outro membro da sua família, o médico Nidal Ardah, também foram detidos, além do pai de Minadel Infeiat, outro dos evadidos e membro do grupo armado Jihad Islâmica, adiantou.
Outros membros das famílias dos fugitivos poderão ter sido detidos, indicou à agência France-Presse Amani Sarahneh, uma porta-voz do Clube dos Prisioneiros Palestinianos, acrescentando que alguns familiares foram interrogados e depois libertados.
Questionado pela AFP, o exército israelita, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, confirmou que "ocorreram várias detenções durante a noite", mas não deu mais pormenores.
A justiça israelita emitiu uma ordem proibindo informação detalhada sobre a investigação, enquanto a imprensa local tenta divulgar mais dados sobre o caso delicado. As autoridades temem, por exemplo, que os palestinianos em fuga realizem ataques.
"Cada prisioneiro tem o direito de procurar um modo de alcançar a sua liberdade", afirmou na terça-feira o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, declarando-se "feliz" com a fuga.
Na Faixa de Gaza e em Jenin, cidade do norte da Cisjordânia de onde são alguns dos fugitivos, muitas pessoas saíram à rua na segunda-feira para comemorar a evasão dos presos, que se tornaram "heróis", mas também os homens mais procurados por Israel.
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