Bolsonaro pede que brasileiros reduzam consumam de água e eletricidade
O Presidente do Brasil pediu à população que economize e reduza o consumo de eletricidade e água quando o país atravessa uma forte crise hídrica e energética.
© Getty Images
Mundo Brasil
"Estamos enfrentando a maior crise hidrológica da história do Brasil", disse Jair Bolsonaro, na quinta-feira, durante a transmissão ao vivo semanal na rede social Facebook.
O Brasil atravessa a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, o que levou a um forte aumento dos custos de energia e acendeu os alertas sobre a possibilidade de racionamento de eletricidade e água nos próximos meses na nação sul-americana.
A seca deixou em níveis mínimos as barragens das principais hidroelétricas do país.
Embora o Governo brasileiro tenha descartado a possibilidade de um "apagão" ou "racionamento" há algumas semanas, Bolsonaro admitiu na quinta-feira que é possível que o país tenha "problemas" nos próximos meses.
"Em novembro, se Deus quiser, começa a época da chuva. Se [a chuva] não chegar, teremos problemas", frisou.
Para evitar o agravamento da crise, o Presidente instou os cidadãos a adotarem medidas para reduzir o consumo de energia e água.
Entre as iniciativas sugeridas, o chefe de Estado aconselhou que os brasileiros "apaguem uma luz que está acesa no momento", "usem escadas e não o elevador" e "usem menos água na hora de fazer a barba".
"Este é o apelo que faço a todos vocês neste momento", acrescentou o líder da extrema-direita brasileira.
Nas últimas semanas, o Governo adotou um conjunto de medidas para mitigar os efeitos da crise hídrica, como o aumento do preço da eletricidade e incentivos para estimular a redução do consumo empresarial e doméstico.
No entanto, especialistas consideraram as medidas insuficientes e não descartaram a possibilidade de cortes no fornecimento de água e eletricidade nos próximos meses.
De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria brasileira, divulgado em agosto, 90% dos industriais brasileiros estão preocupados com o risco de racionamento de eletricidade ou com um aumento dos custos energéticos devido à atual crise hídrica.
Dados recentes, divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) brasileiro, nas regiões sudeste e centro-oeste, responsáveis por cerca de 70% do armazenamento de água do país, os depósitos hídricos estão com uma média de cerca de 20% da capacidade.
Da mesma forma, algumas das principais barragens já atingiram o nível mínimo para continuarem a gerar energia elétrica.
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