As autoridades gregas aprovaram multas pesadas para a emissão de certificados de vacinação Covid-19 falsos depois de um funcionário de um centro de vacinação estatal ter sido suspenso por ter ajudado várias dezenas de pessoas a obter documentos falsos.
Segundo a Associated Press, o ministro da Saúde, Thanos Plevris, disse esta sexta-feira que o parlamento aprovou uma emenda legislativa para impor multas de 5 mil euros para cada vacinação, recuperação ou certificado Covid emitido sob falsos pretextos. Os estabelecimentos de saúde privados que emitirem documentos Covid falsos podem ser multados em até 50 mil euros.
"Quem planeie cometer esse tipo de ato deve saber que será demitida, poderá enfrentar um processo judicial e terá de pagar bastante dinheiro", referiu em declarações à televisão estatal ERT.
As multas, explicou, serão agravadas caso a falsificação esteja diretamente ligada à propagação do vírus.
O trabalhador do centro de vacinação trabalha perto da cidade central de Karditsa. Segundo as autoridades, várias outras instalações na área também estão sob investigação e os procedimentos de verificação cruzada estão a ser repetidos para comparar os certificados e os registos de vacinação. As autoridades judiciais regionais de todo o país foram ainda instadas a investigar quaisquer alegações de falsificação.
A investigação coincidiu com os mandatos de vacinação para profissionais de saúde em vigor a 1 de setembro. Além disso, a partir de segunda-feira, as áreas interiores em locais de entretenimento, incluindo cinemas, restaurantes e bares, vão ter acesso proibido a clientes não vacinados, sem um resultado de teste negativo emitido nas 48 horas anteriores. As escolas também abrem na segunda-feira, com alunos e professores obrigados a usar máscaras e a ser testados regularmente, caso não estejam vacinados.
A Grécia tem registado um aumento nas infeções, hospitalizações e mortes por Covid-19 nas últimas semanas, com o número diário de novos casos confirmados no final de agosto a atingir o nível mais alto desde o início da pandemia. Pouco mais de 56,1% da população total está totalmente vacinada, ficando atrás da média da União Europeia de quase 60%.
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