Ataque na Nigéria mata 16 militares e dois milicianos anti-jihadistas
Pelo menos 16 militares e dois membros de uma milícia anti-'jihadismo' foram mortos num ataque atribuído ao grupo terrorista Estado islâmico na África Ocidental (Iswap), no nordeste da Nigéria, confirmaram hoje fontes militares.
© Getty Imagens
Mundo Terrorismo
O ataque, que ocorreu na quarta-feira, foi um dos mais mortíferos realizado este ano pelo Iswap contra as forças armadas nigerianas, que lutam para derrotar uma insurreição 'jihadista', que já foi responsável pela morte de mais de 40.000 pessoas em 12 anos.
Os 'jihadistas' detonaram bombas à beira da estrada antes de abrirem fogo, com lançadores de foguetes, sobre a caravana militar, que viajava entre a capital do estado de Borno e a cidade de guarnição de Monguno, disseram as fontes militares à agência de notícias France-Presse.
"Dezasseis soldados e dois membros da JTF (milícia) civil pagaram o preço final no ataque enquanto dois outros militares foram feitos reféns pelos terroristas", adiantou um oficial das forças armadas nigerianas.
Outros 11 soldados ficaram feridos no ataque, na sequência do qual foram destruídos vários veículos militares, adiantou o oficial, sob condição de anonimato.
Um porta-voz do Exército, contactado pela agência noticiosa, não comentou até agora esta informação.
Outra fonte militar relatou o mesmo ataque, dizendo que os 'jihadistas' lançaram sete explosivos improvisados na estrada à medida que a coluna militar passava.
O Iswap já reivindicou a responsabilidade pelo ataque de quarta-feira, dizendo que os seus combatentes mataram 25 soldados numa emboscada a uma coluna militar, de acordo com o 'site' de monitorização 'jihadista'.
O grupo intensificou recentemente os seus ataques a civis ao longo da autoestrada Maiduguri-Monguno, com 135 quilómetros, onde criou postos de controlo, extorquindo dinheiro e matando motoristas, de acordo com testemunhos dos residentes na zona.
Estes ataques, quase diários, levaram os militares a patrulhar a estrada, segundo fontes das forças armadas nigerianas.
Desde 2019, os militares fecharam várias bases e mudaram-se para guarnições maiores e mais bem protegidas, conhecidas como "super campos", para resistir aos ataques 'jihadistas'.
Mas esta estratégia também facilitou a circulação dos insurgentes nas zonas rurais e tornou os viajantes mais vulneráveis a ataques.
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