Os EUA comprarão e distribuirão aos países em desenvolvimento 500 milhões de doses adicionais da vacina Pfizer/BioNTech, o que quase duplica, para mais de 1,1 mil milhões, o número de doses que os Estados Unidos prometeram doar até agora, disseram hoje as mesmas fontes, que pediram anonimato.
O anúncio, adiantaram, será feito oficialmente hoje pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma cimeira digital que está a organizar sobre a luta contra a pandemia.
"É um grande compromisso dos Estados Unidos. Para cada dose que administramos neste país, damos três a outros países", disseram.
As vacinas serão compradas a preço de custo e canalizadas por meio do mecanismo internacional da Covax (liderada pela Organização Mundial da Saúde/OMS), de acordo com os altos funcionários.
Até ao momento, os Estados Unidos já enviaram aproximadamente 160 milhões de doses para mais de 100 países diferentes.
A cimeira de hoje está programada para durar quatro horas e reúne, virtualmente, autoridades de mais de 100 países, segundo as fontes, que não deram mais detalhes.
Joe Biden quer, durante este evento, conseguir "uma meta ambiciosa", ou seja, que cada país, inclusive entre os mais pobres, "atinja 70% de pessoas vacinadas", antes da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, ou seja, dentro de um ano.
De acordo com a contagem do OurWorldInData por exemplo, atualmente 43,5% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina.
Entretanto, esse número, puxado pela corrida da vacinação nos países desenvolvidos, esconde desigualdades gigantescas, já que a proporção cai para apenas 2% nos países mais pobres.
"Esta cimeira pretende declarar o início do fim da pandemia", segundo as fontes norte-americanas, referindo que esta ambição "vai dar muito trabalho".
"Os Estados Unidos estão a fazer a sua parte e a aumentar os seus esforços mais uma vez. Mas não podemos fazer isso sozinhos", disseram.
A covid-19 provocou pelo menos 4.696.559 mortes em todo o mundo, entre mais de 229,01 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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