Primeiro-ministro peruano ameaça nacionalizar campo de gás do país
O primeiro-ministro peruano ameaçou nacionalizar o campo de gás de Camisea se o consórcio formado pela argentina Pluspetrol, a espanhola Repsol e a norte-americana Hunt Oil recusar "renegociar" a distribuição dos lucros para o Estado.
© Getty Images
Mundo Peru
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, no domingo, Guido Bellido assegurou que o Governo está a apelar ao consórcio para que concorde em entregar uma parte maior ao Estado dos lucros obtidos com a venda de gás de um dos maiores campos de gás da América Latina.
"Apelamos à empresa que explora e comercializa gás em Camisea a renegociar a distribuição de lucros em favor do Estado. Caso contrário, optaremos pela recuperação ou nacionalização do nosso campo", ameaçou Bellido.
A renegociação dos contratos de concessão para a exploração de Camisea, localizada na selva amazónica da região sul de Cusco, foi uma promessa de campanha do partido socialista Peru Libre, ao qual pertence Bellido.
Várias horas após o grande tumulto gerado no Peru pela mensagem de Bellido, o Presidente peruano, Pedro Castillo, afirmou que "qualquer renegociação terá lugar com respeito irrestrito pelo Estado de direito e pela defesa dos interesses nacionais".
"Neste Governo do povo, estamos empenhados em levar gás barato a todos os peruanos. O Estado e o setor privado a trabalharem juntos por um Peru melhor", acrescentou Castillo, que esta semana disse às Nações Unidas que o seu Governo não é comunista e que não avançaria para a expropriação.
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