Investigadores pedem sanções contra ex-ministro por corrupção

Investigadores sul-africanos pedem a acusação de um antigo alto funcionário e sanções contra o antigo ministro da Saúde Zweli Mkhize, num relatório condenatório divulgado hoje sobre corrupção no departamento de Saúde com verbas para o combate à covid-19.

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© Getty Images

Lusa
29/09/2021 13:05 ‧ 29/09/2021 por Lusa

Mundo

África do Sul

 

A Unidade de Investigações Especiais (SIU) alega que o antigo ministro da Saúde, que em tempos teve um grande futuro nacional, tinha conhecimento de contratos irregulares com a empresa de comunicações Digital Vibes.

Oficialmente, estes contratos governamentais destinavam-se a financiar campanhas de sensibilização para combater a pandemia de covid-19. O dinheiro beneficiou duas pessoas próximas de Mkhize no ministério: o próprio e o filho.

Este último, Dedani Mkhize, comprou um veículo 4x4 de luxo e retirou "somas consideráveis em dinheiro", disseram os investigadores no seu relatório.

O caso foi revelado nos meios de comunicação social em maio e causou indignação. Zweli Mkhize, 65 anos, médico de formação que se tornou o rosto da luta contra a pandemia na África do Sul, foi elogiado pelo seu trabalho como ministro, mas foi forçado a demitir-se em agosto.

No seu relatório, a SIU, que já tomou medidas para recuperar o dinheiro desviado, insta o Presidente Cyril Ramaphosa a impor sanções ao seu amigo e ex-ministro.

O relatório apela também à acusação do antigo diretor-geral do Ministério da Saúde, Anton Pillay.

Cyril Ramaphosa tinha prometido combater a corrupção endémica no histórico ANC governamental. Sucedeu ao Presidente Jacob Zuma em 2018, que foi forçado a sair por uma série de escândalos de corrupção ao mais alto nível do Estado.

A África do Sul é o país mais afetado pela covid-19 no continente, com mais de 87.200 mortos e perto de 2,9 milhões de infetados.

 

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