O grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição angolana, salienta num comunicado a sua preocupação com o estado epidemiológico da covid-19, mas não se mostra favorável a medidas mais restritivas.
"Apesar deste aumento da incidência da covid-19, o grupo parlamentar da UNITA considera que eventuais medidas restritivas capazes de comprometer em larga escala a economia têm que ser devidamente ponderadas, pois acabam contribuindo para acentuar os índices de desemprego, a fome, a pobreza e a miséria, aumentando com isso o sofrimento das populações", refere a nota de imprensa.
No início de setembro, o executivo angolano adotou novas regras para regressar paulatinamente à normalidade, incluindo o fim da quarentena para quem tiver a vacinação completa, levantamento da cerca sanitária em Luanda e a abertura das zonas balneares a partir de 15 de setembro.
No entanto, para a UNITA, o registo de mais de 100 óbitos nos últimos oito dias por covid-19 chama a atenção para a necessidade de se redobrarem os esforços de prevenção e combate à doença, com destaque para o cumprimento rigoroso das medidas de biossegurança, tais como o uso correto da máscara facial, o distanciamento físico e a higienização frequente das mãos.
A UNITA apela, por isso, à intensificação da campanha de informação, educação e comunicação institucional sobre a covid-19, identificando alvos preferenciais tais como escolas, mercados, fábricas, unidades militares, paragens de autocarros e transportes coletivos, bem como reforço da campanha de vacinação para "afastar receios infundados".
O grupo parlamentar da UNITA considera ainda fundamental definir com exatidão os alvos e metas de cada etapa para se evitarem desperdícios e exorta o executivo a incrementar as verbas para os setores da saúde e educação no próximo Orçamento do Estado.
Angola registou na terça-feira 457 novos casos, 13 óbitos e 93 recuperados, totalizando 56.040 casos confirmados, 1.526 óbitos e 47.421 doentes recuperados.