"O futuro faz-se com investigação científica. Há países que gastam mais em proporção às suas receitas do que a Itália. Espero que este Prémio Nobel seja também útil para incentivar a Itália a gastar mais e a investir na investigação", referiu o físico em declarações à televisão pública italiana RAI.
Parisi, que dividiu o Prémio Nobel da Física com os climatologistas Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann, apelou para que as pessoas que trabalham em ciência sejam "ouvidas pelos políticos", e encorajou os jovens a "compreenderem os seus talentos" para poderem dar o melhor de si.
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro Mario Draghi felicitaram o físico pelo galardão, tendo o chefe do Governo italiano recordado que o "extraordinário sucesso", premeia uma brilhante carreira de mais de 50 anos, ligada a descobertas decisivas.
"O professor Parisi é um pioneiro da investigação teórica da física e ligou o seu nome a descobertas decisivas no campo da cromodinâmica quântica e ao estudo de sistemas complexos desordenados, desde a escala atómica até à planetária", disse Draghi.
O chefe do Governo recordou que Parisi ganhou já alguns dos mais importantes prémios internacionais em física e ciência, tais como a Medalha Boltzmann, a Medalha Dirac, o Prémio Lagrange, a Medalha Max Planck e o Prémio Wolf.
O Presidente Sergio Mattarella felicitou o físico "pelo altíssimo reconhecimento que homenageia e honra Itália e a sua comunidade científica".
O júri do Prémio Nobel reconheceu hoje Parisi "pela descoberta da interação da desordem e das flutuações nos sistemas físicos desde a escala atómica até à planetária".
Estas descobertas em sistemas físicos complexos, permitem compreender e descrever diferentes materiais e fenómenos, que aparentemente são totalmente aleatórios, não só em física, mas também noutros campos como a matemática, a biologia, a neurociência e a aprendizagem de máquinas.
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