"No final de outubro devolveremos 26 tesouros ao Benim, numa cerimónia com a presença do Presidente beninense, Patrice Talon", disse Macron na cimeira África-França, que se está a realizar em Montpellier, sul de França.
"Também o faremos com a Costa do Marfim", acrescentou o Presidente francês.
Estas declarações vêm na sequência do compromisso assumido pela França, em novembro de 2018, de devolver 26 obras de arte conhecidas por "Tesouro de Béhanzin" reclamadas pelo Benim. As obras foram saqueadas do palácio de Abomei em 1892 durante os confrontos coloniais.
A historiadora francesa de arte Bénédicte Savoy e o académico senegalês Felwine Sarr redigiram um relatório que foi a base para a África subsariana restituir as obras de arte transferidas durante a colonização, fazendo a catalogação das mesmas.
Em dezembro de 2020 o parlamento francês aprovou a restituição destas 26 peças ao Benim, que se encontram agora guardadas no Museu Quai Branly-Jacques Chirac, em Paris.
"Elas [as obras de arte] serão o orgulho do Benim. E porque devolver obras a África significa tornar a sua cultura acessível à juventude africana, estas restituições serão também o orgulho da França", escreveu Macron num 'tweet'.
A devolução de obras de arte saqueadas a África é um dos pontos altos da "nova relação" que o chefe de Estado francês pretende construir com o continente.