Durante esta cimeira de Kiev, que contou com a participação do Presidente ucraniano, Vlolodymyr Zelensky, dos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ainda do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, as partes assinaram um acordo global de transporte aéreo, que abre caminho a uma 'área de aviação comum' entre UE e Ucrânia, que deverá proporcionar mais ligações diretas em ambos os sentidos.
O encontro de hoje serviu ainda para a finalização da associação da Ucrânia ao programa de investigação e inovação europeu 'Horizonte Europa' 2021-2027, que permitirá a investigadores ucranianos participar nas mesmas condições que os seus congéneres comunitários, assim como a associação da Ucrânia ao programa 'Europa criativa', que apoia os setores cultural e criativo para os próximos sete anos.
Durante a conferência de imprensa que se seguiu à cimeira, Von der Leyen adiantou também que a UE está a estudar vários cenários para garantir fornecimento de gás à Ucrânia -- face às "entregas muito baixas da Gazprom" -, contando-se entre as possibilidades em equação o fluxo desde a Eslováquia, através de um gasoduto adicional, e o armazenamento comum de gás.
"Estamos a trabalhar para a independência energética, que é tão vital para a Ucrânia como para a UE", assegurou a presidente do executivo comunitário.
Na declaração conjunta hoje adotada, as partes reafirmam o seu empenho em continuar a fortalecer a associação política e integração económica da Ucrânia com o bloco europeu, reconhecendo "as aspirações europeias da Ucrânia" e saudando a sua "escolha europeia".
No entanto, questionados sobre um eventual futuro processo de adesão da Ucrânia à UE -- um desejo assumido por Zelensky -, Charles Michel e Von der Leyen preferiram sublinhar todo o potencial ainda por explorar a nível do acordo de associação, que inclui um acordo de comércio livre, que entrou em vigor em 2017.
"Discutimos a forma como acelerar a aproximação entre Ucrânia e UE e ouvimos o apelo do Presidente ucraniano. Explicámos também que é necessário lançar um debate entre os Estados-membros. Mas há uma mensagem central: nós vemos bem que há uma aceleração muito clara desta dinâmica de aproximação", declarou Charles Michel.
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