"Começamos hoje com um programa para prevenir a pobreza, a fome e a crise alimentar no país", afirmou o ministro da Agricultura, Abdul Rahman Rashid, numa conferência de imprensa em Cabul.
O programa começará por ser aplicado em Cabul para depois se expandir às 33 restantes províncias afegãs.
Só em Cabul serão criados "postos de trabalho temporários para 40 mil pessoas" e distribuídas 11.600 toneladas de trigo, acrescentou o ministro.
Os beneficiários do programa serão contratados pelas autoridades para trabalhar em projetos de desenvolvimento, de armazenamento e distribuição de água potável e de rega, recebendo ao final do dia uma quantidade de trigo para alimentar a família, explicou Abdul Rahman Rashid.
Segundo as Nações Unidas, metade da população do Afeganistão (18 milhões de pessoas) precisa de ajuda por causa do agravamento da crise económica e humanitária após a chegada ao poder dos talibãs, em agosto passado, da covid-19 e dos problemas de seca dos últimos anos.
Com a chegada dos talibãs ao poder, os Estados Unidos, que mantinham forças militares e de cooperação no país há 20 anos, retiraram do Afeganistão recursos e apoios e foram suspensos outros fundos internacionais.
As Nações Unidas, num relatório sobre o Afeganistão após a tomada do poder pelos talibãs e a saída das forças internacionais, concluíram que 97% da população do país corre o risco de estar na pobreza em 2022.
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