"Podemos confirmar que estamos a trabalhar para o restabelecimento de uma presença mínima no terreno", indicou um responsável europeu, citado pela agência francesa AFP, depois de o Financial Times ter hoje noticiado uma reabertura daqui a um mês.
"Por razões de segurança, não podemos fornecer mais pormenores", acrescentou a fonte, a coberto do anonimato.
A UE, como a maioria dos países, retirou a totalidade do seu pessoal diplomático do Afeganistão em agosto, quando os talibãs entraram em Cabul.
Na semana passada, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, declarou à imprensa que os Estados-membros da UE haviam concordado "que uma presença mínima da UE em Cabul é necessária para apoiar o povo afegão e garantir a saída segura dos afegãos em perigo, mas que tal não significa o reconhecimento pelos europeus do novo regime".
O regresso da missão da UE ao Afeganistão será "uma etapa positiva e importante, que saudamos", declarou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão, Abdul Qahar Balkhi, acrescentando que "como com as outras embaixadas", a sua segurança será "também garantida".
São muito poucas as embaixadas ainda abertas em Cabul, entre as quais se contam as do Paquistão, da China, da Rússia e da Turquia.
A segurança dos edifícios das representações diplomáticas é agora assegurada por combatentes talibãs armados, em vez do exército afegão ou empresas de segurança privadas.
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