"O governo israelita continua a sua guerra aberta contra a presença palestiniana em Jerusalém e nas áreas classificadas como 'C' (sob controlo militar israelita na Cisjordânia)", declarou o ministério, em relação ao que designou de "uma expansão pública dos colonatos".
O Ministério da Habitação israelita anunciou no domingo um concurso para a construção de "1.335 unidades habitacionais" em sete colonatos na "Judeia-Samaria (nome dado por Israel à Cisjordânia)".
O enviado especial das Nações Unidas para o processo de paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, também já criticou a decisão, a primeira do tipo desde que tomou posse o novo governo de coligação israelita, em junho, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
"Reitero que todos os colonatos são ilegais perante a lei internacional, permanecem um obstáculo substancial à paz e devem ser suspensos imediatamente", declarou Wennesland.
Mostrando as divergências notórias entre os membros da coligação que governa o Estado hebreu, mesmo o ministro da Saúde israelita expressou o seu desacordo.
O ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, do partido de esquerda Meretz, disse hoje numa entrevista à rádio pública israelita Kan que a sua fação "não concordará explicitamente com ações que prejudiquem as hipóteses de se chegar a uma solução" com os palestinianos e pediu ao seu governo para se abster de as realizar.
"Compreendo que este governo, na atual situação, não assine um acordo de paz com os palestinianos, mas ainda assim devemos evitar ações que piorem a situação", disse.
No entanto, Horowitz indicou confiar que apesar das suas diferenças a coligação permanecerá unida e conseguirá aprovar um orçamento antes do prazo final de 14 de novembro.
Leia Também: Israel anuncia mais 1.355 casas para judeus nos colonatos da Cisjordânia