"Vamos agir com prudência, em respeito pela lei e pelos direitos humanos, mas queremos dizer que eles estão a enganar as pessoas, porque não é verdade que [na fronteira] os deixem passar para os Estados Unidos", disse Marcelo Ebrard numa conferência de imprensa na Cidade do México.
A caravana, formada por milhares de migrantes, partiu sábado da cidade de Tapachula, no Estado de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, e pretende seguir rumo à Cidade do México, de onde sairá com destino aos Estados Unidos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano adiantou que, na caravana, há muitas crianças e garantiu que tanto o Instituto Nacional de Migrações (INM) como os demais órgãos vão atuar com prudência para que "não haja atritos".
Ebrard reiterou a posição do México de que, para enfrentar o fenómeno migratório, "é necessária uma solução de fundo" que aborde as causas da migração forçada e lembrou que está a trabalhar nesse sentido com os Estados Unidos.
A região enfrenta um fluxo sem precedentes de migrantes, com 147.000 indocumentados detetados pelo México de janeiro a agosto deste ano, o triplo de 2020.
Além disso, no último ano fiscal, o número de prisões na fronteira dos Estados Unidos com o México atingiu números nunca vistos, com mais de 1,7 milhões de imigrantes detetados pela Alfândega e pela polícia de fronteiras.
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