O governo do Kuwait demitiu-se esta segunda-feira, o que, com a concessão do direito de amnistia a dissidentes políticos, poderá ajudar a resolver o impasse político que se faz sentir no país do Golfo Pérsico quanto à reforma fiscal.
Esta é a segunda demissão em 2021 de um governo dirigido por Sheikh Nawaf al-Ahmed al-Sabah, o emir daquele país. Ainda não é claro se o primeiro-ministro aceitará a demissão do governo, formado em março.
Uma moção aplicada em março concedeu imunidade ao emir de questões entre as quais a pandemia e corrupção até ao final de 2022, conflito que paralisou os trabalhos legislativos e colocou um entrave nos esforços de melhoria das finanças do estado.
O governo terá entrado em negociações para quebrar o impasse, com a oposição a solicitar direito de amnistia a dissidentes políticos e o direito de questionar o primeiro-ministro, no cargo desde 2019.
Citado pela Reuters, o presidente do parlamento, Marzouq al-Ghanim, anunciou esta segunda-feira dois decretos para a amnistia, dizendo que isto representa “uma nova página” para Kuwait se focar “em assuntos pendentes importantes”.
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