Capitólio: Rejeitada tentativa de Trump de manter documentos secretos

O antigo presidente queria evitar que a comissão de inquérito da Câmara dos Representantes tivesse acesso aos documentos sobre as suas ações e conversas antes e durante o ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro.

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Fábio Nunes
10/11/2021 07:31 ‧ 10/11/2021 por Fábio Nunes

Mundo

Invasão do Capitólio

Uma juíza federal rejeitou na madrugada desta quarta-feira uma tentativa de Donald Trump de manter secretos os documentos que detalham as suas ações e conversas antes e durante o ataque ao Capitólio no passado dia 6 de janeiro, segundo o The New York Times.

A juíza Tanya S. Chutkan considerou que os poderes de supervisão constitucional do Congresso norte-americano para obter informação prevalecem sobre os poderes residuais de Trump para manter os documentos secretos.

Mais ainda porque o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordou que os congressistas que fazem parte da comissão de inquérito do ataque ao Capitólio deviam ver esses documentos.

“A sua posição de que pode sobrepor-se à vontade expressa do ramo executivo parece assentar na noção de que o seu poder executivo ‘existe perpetuamente’. Mas os presidentes não são reis, e o queixoso não é presidente”, argumentou a juíza.

No entanto, esta decisão pode não ser a final e não significa que os Arquivos Nacionais vão entregar em breve os documentos à comissão de inquérito do ataque ao Capitólio. É provável que este caso seja resolvido no Supremo.

Numa publicação no Twitter, Taylor Budowich, um porta-voz de Donald Trump, disse que a decisão da juíza federal Tanya S. Chutkan está destinada a ser objeto de recurso.

A comissão de inquérito da Câmara dos Representantes pediu aos Arquivos Nacionais para entregarem os registos sobre todas as ações e encontros do antigo presidente no dia da insurreição no Capitólio, no qual Trump discursou num comício ‘Stop the Steal’ sobre a alegada, e nunca comprovada, fraude eleitoral no escrutínio do ano passado.

Após esse comício, os seus apoiantes dirigiram-se ao Capitólio e invadiram o centro da democracia norte-americana. Trump assistiu impávido ao ataque e demorou a apelar aos seus apoiantes para porem termo à insurreição e abandonarem o Capitólio e as suas premissas.

Leia Também: Inquérito a ataque ao Capitólio convoca mais dez colaboradores de Trump

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