A diplomacia russa criticou fortemente a Moldova por estes acontecimentos e convocou mesmo a embaixadora moldova em Moscovo, Lilian Darius, a quem entregou uma nota verbal exigindo o esclarecimento dos factos.
Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Moldova veio a público negar qualquer violação da Convenção de Viena.
"A Moldova aplica sistematicamente as disposições da Convenção de Viena de 1961, incluindo o procedimento de emissão de cartas de acreditação. A data e o formato desta cerimónia são prerrogativas do Estado anfitrião, de acordo com as tradições diplomáticas e a agenda das instituições competentes", afirmou.
A Rússia convocou a embaixadora Darius para exigir uma explicação sobre o facto de a Presidente da Moldova, Maia Sandu, ainda não ter aceitado as credenciais de Ozerov após cinco meses de espera.
O próprio representante da Moldova reconheceu a sua "perplexidade" perante as ações do seu presidente, segundo Moscovo.
O enviado russo para liderar os esforços diplomáticos em Chisinau reconheceu no final de fevereiro que ainda estava à espera que Sandu aceitasse as suas credenciais, passo necessário para o embaixador começar o trabalho depois de chegar ao país no início de outubro.
As relações entre a Rússia e a Moldova estão em crise desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia, país com o qual os dois países partilham uma fronteira, no final de fevereiro de 2022. A guerra levou muitos países europeus a cerrar fileiras contra Moscovo.
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