"A situação geral é que estamos a ver progresso em todas as frentes", disse Schinas numa conferência de imprensa, após uma reunião com o Presidente libanês, Michel Aoun.
Vários milhares de migrantes que tentam chegar à Europa, oriundos sobretudo do Médio Oriundo, estão retidos em condições difíceis na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia.
A União Europeia (UE) acusa Minsk de orquestrar este fluxo migratório, em particular através da emissão de vistos, em retaliação pelas sanções ocidentais impostas ao regime do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, após a violenta repressão dos seus opositores.
O vice-presidente da CE anunciou ainda que partirá para Bagdade na segunda-feira e que visitará Ancara durante a próxima semana, para se inteirar da situação do fluxo migratório, sobretudo com origem no Médio Oriente.
"Tenho a sensação de que este é o momento em que a Europa conta, de alguma forma, os seus amigos e estamos muito felizes em ver que temos muitos", acrescentou Schinas.
Bruxelas está há vários dias a tentar conter as entradas na UE de migrantes a partir da Bielorrússia, contactando países, especialmente no Médio Oriente, para os convencer a impedir que as pessoas embarquem em aviões com destino a Minsk.
A Turquia foi o primeiro país a decretar essa proibição: cidadãos iraquianos, sírios e iemenitas deixaram de poder voar para a Bielorrússia a partir do seu solo.
O Líbano é um dos países de onde se deslocam migrantes para Minsk, onde entram em contacto com contrabandistas para procurar uma entrada na Europa.
Na conferência de imprensa em Beirute, Schinas também lembrou que a UE vai aprovar novas sanções contra a Bielorrússia.
"Já adotámos uma série de sanções contra o regime bielorrusso e vamos fortalecê-las com um quinto pacote, que entrará em vigor na próxima semana", disse o vice-presidente da CE.
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