"Recebemos informação de 13 novas mortes de pessoal de saúde com critérios de covid-19, enquanto os porta-vozes oficiais reportam um total de 5.062 (cidadãos) falecidos no país. Continuamos a cair porque a prioridade são as festas eleitorais", critica a ONG na sua conta do Twitter.
Segundo a MUV, as novas mortes ocorreram entre 28 de outubro e 14 de novembro e "as especialidades médicas mais afetadas pela pandemia, na Venezuela, correspondem às que têm maior contacto com os pacientes e às que não se podem parar, tais como obstetrícia, pediatria, cirurgia, medicina geral e interna, e anestesia".
Por outro lado, a ONG precisa que entre 16 de junho de 2020 e 14 de novembro de 2021, faleceram 792 profissionais da saúde, a maioria deles no estado de Zúlia (155), seguindo-se o Distrito Capital (108), Carabobo (72), Bolívar (64), Arágua (48), Anzoátegui (45), Lara (39) e Falcón (27).
Por outro lado, a MUV explica que os seus "relatórios têm por base critérios clínicos, epidemiológicos, de radiodiagnóstico e de laboratório, ao dia, e não estão necessariamente incluídos nos relatórios dos porta-vozes" governamentais.
"O objetivo é a prevenção do pessoal e evidenciar falhas", sublinha a ONG no Twitter.
Para a MUV, o concerto de sábado em que participaram 12.000 músicos venezuelanos, numa tentativa de bater o recorde mundial do Guinness para "a maior orquestra do mundo", foi "outra expressão do empenho em desafiar o coronavírus, a covid-19" na Venezuela.
Por tal motivo, recomenda aos músicos participantes que "vigiem os sinais"de covid-19, que mantenham ou aumentem as medidas preventivas durante 14 dias, que façam um teste e notifiquem eventualidades.
Por outro lado, adverte a população de que está prevista uma nova jornada de vacinação infantil, entre os 2 e 11 anos, e que os responsáveis devem decidir se permitem ou não que as crianças sejam vacinadas com a candidata a vacina Abdala, fabricada em Cuba.
"Sobre a Abdala, não é uma vacina: Não foram publicados resultados dos ensaios clínicos em nenhum meio científico indexado, não está autorizada para uso de emergência pela OMS, não foi validada por nenhuma entidade regulatório mundial e não há prova científica do seu fabrico, qualidade, segurança, eficácia, inocuidade, e tampouco da proteção que oferece", explica a MUV na mesma rede social.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, por causa da covid-19.
Desde o início da pandemia, a Venezuela contabilizou oficialmente 5.026 mortes e 419.7450 casos da doença, de acordo com dados oficiais.
A covid-19 provocou pelo menos 5.098.386 mortes em todo o mundo, entre 253,17 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.265 pessoas e foram contabilizados 1.108.462 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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