Num comunicado difundido nos seus canais da rede social Telegram, o EI alega que o primeiro atentado visou o quartel-general da polícia e que a segunda explosão ocorreu junto ao parlamento, que se deveria reunir hoje.
Horas antes, o porta-voz da polícia ugandesa, Fred Enanga, atribuiu o duplo atentado a elementos ligados às Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês).
"Por enquanto, estamos a falar de três cadáveres [e] três bombistas suicidas que cometeram suicídio (...) e, até agora, 33 feridos, dos quais cinco gravemente feridos", afirmou Enanga, durante uma conferência de imprensa.
A mesma fonte adiantou que este duplo ataque suicida foi perpetrado por "grupo local ligado às ADF", uma rebelião islamita que surgiu no Uganda.
As explosões foram registadas com intervalos de três minutos e ambas foram acionadas por bombistas que transportavam consigo os explosivos.
Segundo Fred Enanga, um possível terceiro ataque foi abortado pela polícia, que perseguiu e desarmou um suspeito.
As autoridades ugandesas têm vindo a apelar à vigilância, na sequência de uma série de explosões de bombas nas últimas semanas.
As ADF, que operam há 25 anos no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde semeiam o terror, são referidas pelo grupo extremista Estado Islâmico como a sua "Província da África Central" (Iscap).
O grupo foi criado no início dos anos 1990 por muçulmanos ugandeses que afirmaram ter sido postos de lado pelas políticas de Museveni. Na altura, o grupo rebelde encenou ataques terroristas mortais em aldeias ugandesas, bem como na capital, incluindo um ataque em 1998 em que 80 estudantes foram mortos numa cidade fronteiriça perto da fronteira com a RDCongo.
Relatos de uma aliança entre as Forças Democráticas Aliadas e o grupo 'jihadista' surgiram pela primeira vez em 2019, de acordo com o SITE Intelligence Group, que segue estas atividades.
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