Swan, que intervinha no Conselho de Segurança, salientou que "as eleições para a grande maioria dos assentos no Parlamento Federal ainda não começaram, os preparativos para a segurança eleitoral devem ser acelerados e deve ser publicada a lista sobre os 30% dos assentos reservados para mulheres (na câmara baixa do parlamento).
"Exorto todas as partes interessadas a agirem rapidamente para concluir as eleições" para esta Câmara "nos Estados membros federais, de molde a garantir que todo o Parlamento seja eleito antes do final deste ano", frisou James Swan.
"Embora tenha havido progresso, os líderes políticos somalis devem redobrar seus esforços nas próximas semanas para concluir as eleições para o Parlamento Federal, de modo a que as eleições presidenciais possam ser realizadas o mais rápido possível", acrescentou.
James Swan apelou também ao "total respeito pelos direitos fundamentais durante os períodos de campanha e eleições, incluindo a capacidade de se reunir pacificamente e a liberdade de movimento, associação e expressão".
A Somália começou a eleger representantes para a câmara baixa do parlamento no passado dia 01 de novembro, uma nova etapa num processo há muito adiado e que deve levar à designação de um novo Presidente.
Vários membros do Conselho de Segurança, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, defenderam quarta-feira que o processo deveria ser acelerado.
De acordo com o complexo sistema eleitoral indireto da Somália, cerca de 30.000 delegados de clã são responsáveis ??pela escolha dos 275 deputados da câmara baixa, enquanto que as cinco assembleias legislativas dos Estados da Somália elegem os 54 senadores da câmara alta.
Os eleitos das duas câmaras devem então eleger o próximo Presidente.
Na chefia do Estado desde 2017, Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como Farmajo, viu o seu mandato expirar em 08 de fevereiro sem conseguir chegar a um acordo com os líderes regionais sobre a organização das eleições.
O anúncio, em meados de abril, da prorrogação do seu mandato por mais dois anos, esteve na origem de confrontos armados em Mogadíscio.
Leia Também: Somália pede a Quénia que aceite decisão de TIJ sobre fronteira