Os Estados Unidos estão a advertir os seus aliados para uma possível incursão militar da Rússia na Ucrânia.
O The New York Times adianta que os serviços de inteligência dos Estados Unidos estão a avisar que a janela temporal para evitar uma ação militar russa na Ucrânia está a diminuir, pressionando os aliados europeus a trabalharem com Washington num pacote de medidas económicas e militares para travar o ímpeto de Moscovo.
Os serviços de inteligência norte-americanos sugerem que o Kremlin ainda não decidiu o que fazer com as tropas que acumulou na fronteira com a Ucrânia, mas a ampla concentração de forças militares russas está a ser levada a sério pelos Estados Unidos.
Avril Haines, a diretora de inteligência nacional dos Estados Unidos, viajou para Bruxelas esta semana para informar os embaixadores da NATO sobre esta situação e uma possível intervenção militar da Rússia na Ucrânia.
Os Estados Unidos também estão a partilhar as informações que têm com a Ucrânia. Esta sexta-feira, o general Mark Milley, o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, falou com o general Valery Zaluzhny, o líder das forças armadas ucranianas, para abordarem a “atividade preocupante” da Rússia na região.
Os serviços de inteligência norte-americanos e britânicos estão cada vez mais convencidos que Vladimir Putin está a considerar uma ação militar para se apoderar novamente de território ucraniano, como fez no passado com a anexação da Crimeia, ou pelo menos desestabilizar o quanto baste o país para criar condições para a subida ao poder em Kiev de um governo pró-Rússia.
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