Países Baixos anunciam reforço das medidas de combate à pandemia
O primeiro-ministro neerlandês anunciou hoje um reforço das medidas sanitárias para combater o aumento de casos de covid-19, como o encerramento às 17:00 (16:00 de Lisboa) dos restaurantes, bares e lojas não-essenciais.
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Mundo Covid-19
"A partir de domingo, tudo, nos Países Baixos, estará em princípio fechado entre as 17:00 e as 05:00", exceto os estabelecimentos essenciais, declarou o primeiro-ministro, Mark Rutte, numa conferência de imprensa em Haia.
As escolas mantêm-se abertas, apesar de o maior aumento das infeções se registar nas crianças.
"É preciso ser realista, os números diários estão cada vez mais altos", disse Rutte para justificar o aumento das restrições.
As autoridades neerlandesas registaram hoje 21.350 novos casos, ligeiramente abaixo da média de 22.258 casos nos últimos sete dias.
"Menos de metade das pessoas com sintomas fazem testes, o que mostra que a mensagem não está a passar suficientemente, e eu assumo a culpa", acrescentou.
Os hospitais estão a cancelar cirurgias agendadas para libertar camas, porque os novos casos estão a atingir níveis recorde, apesar das restrições já em vigor e o facto de cerca de 85% dos adultos neerlandeses estarem vacinados.
Durante a conferência de imprensa do primeiro-ministro, algumas dezenas de manifestantes concentraram-se em frente aos ministérios, em Haia, para protestar contra a reposição das restrições de combate à pandemia, com megafones e apitos.
Carrinhas da polícia e agentes da brigada antimotins foram destacados para o local, temendo novos distúrbios, após vários dias de tensões em todo o país.
A covid-19 causou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, de entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.393 pessoas e foram contabilizados 1.136.446 casos de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e com variantes identificadas em diversos países, a mais recente das quais, na África do Sul, poderá ser a mais contagiosa de todas.
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