Os casos foram detetados no Aeroporto Internacional de Kotoka, na capital Acra, depois de testes realizados em passageiros que chegaram ao país, disse hoje o diretor-geral do Serviço de Saúde de Gana, Patrick Kuma-Aboagye.
"Não vimos casos da variante Ómicron entre a comunidade no Gana", disse Kuma-Aboagye, segundo testes já realizados no país.
Entretanto, o diretor-geral do Serviço de Saúde de Gana sublinhou que o perigo é a variante Ómicron já estar incubada entre a população do país.
Entre as 200 amostras semanais de passageiros que chegaram ao aeroporto foi detetado que 28% destas, referentes a viajantes da Nigéria e da África do Sul, estavam infetadas com a variante Ómicron, disse William Ampofo, virologista do Instituto Memorial de Investigação Médica Noguchi, onde os testes foram realizados.
A Nigéria, o país mais populoso da África, também anunciou hoje que detetou os seus três primeiros casos da variante Ómicron em viajantes procedentes da África do Sul na semana passada.
O anúncio das autoridades nigerianas ocorreu quando o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, está em Abuja, capital da Nigéria, na primeira etapa da viagem planeada pelo chefe de Estado da África do Sul à África Ocidental.
A África do Sul foi o primeiro país a notificar oficialmente o surgimento da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
Leia Também: AO MINUTO: Máximo de casos desde fevereiro; 20 passageiros sem teste