Trata-se da segunda reunião entre os dois líderes, depois de um encontro presencial realizado em junho passado em Genebra (Suíça).
A conversação virtual ocorre numa altura de forte tensão nas relações russo-ucranianas, com Kiev a acusar a Rússia de concentrar mais de 90.000 soldados na fronteira com o objetivo de atacar o seu território durante o inverno.
Em paralelo, Moscovo acusa Kiev de ter concentrado 125.000 efetivos na região do Donbass (leste da Ucrânia), em plena linha da frente do conflito que envolve há vários anos forças ucranianas e separatistas pró-russos, o que significaria metade dos efetivos das Forças Armadas ucranianas.
De acordo com o jornal norte-americano Washington Post, os serviços de informações dos Estados Unidos admitem que a Rússia poderia aumentar a sua presença militar na fronteira com o país vizinho até aos 175.000 efetivos.
Na passada sexta-feira, Joe Biden admitiu estar a preparar um "pacote de iniciativas" para proteger a Ucrânia de um eventual ataque russo.
Já na véspera do encontro de hoje, as agências internacionais avançaram que Biden ia, ainda na segunda-feira, consultar por telefone os seus aliados europeus sobre a concentração de tropas russas na Ucrânia, bem como tinha previsto um contacto com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, nos dias seguintes à conversa com Putin.
A cimeira virtual de hoje ocorre após Putin ter proposto à NATO a assinatura de um pacto de segurança para evitar o ingresso na Aliança Atlântica da Ucrânia e da Geórgia.
As relações entre Moscovo e Kiev estão tensas desde 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia e as denúncias ocidentais do apoio russo aos separatistas no leste da Ucrânia.
Leia Também: EUA ameaçam Federação Russa com sanções financeiras se invadir Ucrânia