Cabo Verde espera aumentar imunidade com vacinas doadas pelos EUA
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, destacou hoje o "bom desempenho" do país na vacinação e no controlo da pandemia de covid-19 e disse esperar o aumento da imunidade da população com vacinas doadas pelos Estados Unidos.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Cabo Verde tem tido um bom desempenho relativamente não só à vacinação, mas também ao controlo da pandemia", salientou o chefe do Governo, que falava em conferência de imprensa, no Aeroporto Internacional da Praia, após a chegada ao país de 64.350 doses de vacinas da Pfizer doadas pelos Estados Unidos, na primeira remessa de um total de 200 mil que vão chegar esta semana ao arquipélago.
Ulisses Correia e Silva disse que esse donativo "muito especial" vai permitir ao país alargar a vacinação para crianças, adolescentes e jovens dos 12 aos 17 anos, esperando aumentar o nível da proteção e a imunização da população.
Para isso, sublinhou a importância de o país aumentar a sua disponibilidade de vacinas e da capacidade de vacinação.
"Não basta ter vacinas, é preciso vacinar. Para vacinar não basta termos profissionais de saúde, agentes no terreno, é preciso as pessoas se disponibilizarem para vacinação", apelou, entendendo que Cabo Verde está num "bom nível" de vacinação, mas quer ir mais além.
"Só estaremos num nível melhor quando todas as pessoas em idade elegível estiverem vacinadas", prosseguiu o primeiro-ministro, dizendo que o país está com um nível relativamente baixo de casos ativos, mas está a acompanhar o que está a acontecer, sobretudo na Europa, com um recrudescimento de casos e de níveis de infeção.
Neste sentido, garantiu que o país está a fazer de tudo para evitar a entrada da nova variante do coronavírus, Ómicron, no país, recordando a recente medida tomada de exigir testes negativos à covid-19 à entrada no arquipélago.
Ulisses Correia e Silva reafirmou que a vacinação para a faixa etária dos 12 aos 17 anos deverá arrancar até meados de dezembro e vai acontecer nas escolas, aproveitando para apelar ao consentimento das famílias.
"A nossa mensagem é que é para uma boa causa, vacina protege, salva vidas, salva a economia e salva o país nesta fase importante de efeitos que nós estamos a viver", mostrou.
As 200.070 doses de vacinas são doadas pelos Estados Unidos da América a Cabo Verde através do mecanismo Covax, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir uma vacinação equitativa contra o novo coronavírus.
A segunda remessa de 70.200 doses vai chegar em 10 de dezembro e a terceira e última de 65.520 será em 12 do mesmo mês.
Essa foi a segunda doação de vacinadas dos Estados Unidos a Cabo Verde, depois de 100 mil doses da Moderna recebidas em 03 de outubro, também no âmbito da Covax.
Com esta nova quantidade, que chegou num voo da TAP, o país elevou para 809.500 doses de vacinas recebidas até agora de vários países e parceiros internacionais.
Cabo Verde já atingiu uma taxa de 83,3% da sua população maior de 18 anos com uma dose de vacina, enquanto 68,7% de pessoas já receberam as duas doses.
Desde o início da pandemia, Cabo Verde registou um total acumulado de 38.453 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 37.980 foram dados como recuperados, 351 resultaram em óbito e há 97 casos ativos.
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