"As companhias aéreas que tragam passageiros para o Aeroporto Internacional de Kotoka que não estejam totalmente vacinados" pagarão uma multa de cerca de 3.099 euros por passageiro, revelou o aeroporto estatal do Gana, e explicou que as medidas começarão a ser aplicadas a partir de terça-feira.
O mesmo montante será cobrado às companhias aéreas por cada passageiro que entre na nação da África Ocidental sem preencher o formulário sanitário covid-19 exigido antes do embarque no país de origem, ou sem um teste PCR.
A mesma taxa será ainda aplicada se um passageiro der positivo para a covid-19 à chegada ao aeroporto.
O incumprimento destas regras pode impedir a entrada de cidadãos de outras nacionalidades no país.
Serão "devolvidos ao ponto de embarque" a um custo a ser suportado pela companhia aérea em causa, explicou o aeroporto, no comunicado citado pela agência Efe.
As novas sanções surgem depois de, na semana passada, o Gana ter começado a exigir a todos os passageiros com mais de 18 anos a apresentação de provas de vacinação completa contra o novo coronavírus, a fim de evitar uma quarta vaga, alegando que um elevado número de novos casos foi recentemente detetado no aeroporto.
"O atual aumento dos casos, associado à deteção da variante Ómicron, entre as chegadas internacionais e o aumento esperado durante a época festiva, requer uma ação urgente para evitar um aumento significativo dos casos de covid-19 no Gana", declarou o Serviço de Saúde do país.
Até à data, o Gana, com uma população de cerca de 31 milhões de pessoas, registou pouco mais de 131.500 infeções pelo novo coronavírus, das quais 1.243 resultaram em mortes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.304.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes.
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