Ucrânia: Rússia entrega aos EUA lista de condições de segurança

A Rússia anunciou hoje que entregou aos Estados Unidos da América (EUA), com o "apoio total" da China, propostas concretas de garantias de segurança para evitar a expansão da NATO à Ucrânia.

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Lusa
15/12/2021 14:05 ‧ 15/12/2021 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

 

A informação foi comunicada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante a reunião de uma hora e meia que os dois dirigentes realizaram hoje por meios virtuais.

Na reunião, o Kremlin (Presidência russa) esclareceu que os EUA tinham recebido "propostas concretas destinadas a estabelecer garantias legais que garantem a segurança da Rússia".

Durante a conversa com Xi Jinping, Putin sublinhou que a Rússia está preparada para "iniciar imediatamente as negociações sobre este assunto extremamente importante", de acordo com uma declaração do Kremlin.

"O Presidente expressou a confiança de que os americanos e os países da NATO reagirão positivamente a estas propostas", disse a mesma fonte do Kremlin, que acrescentou que Xi Jinping mostrou "total apoio" à iniciativa russa.

Hoje de manhã, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov, recebeu a subsecretária de Estado dos Estados Unidos para os Assuntos Europeus e Eurasiáticos, Karen Donfried, que está numa visita de trabalho a Moscovo, para discutir as tensões provocadas pela concentração de forças militares russas nas fronteiras com a Ucrânia.

Na véspera destas consultas, Riabkov anunciou que apresentaria à sua interlocutora ideias concretas sobre as garantias de segurança de que Moscovo necessita para evitar que a NATO continue a aproximar-se das fronteiras da Rússia.

O Departamento de Estado norte-americano informou que o objetivo da viagem de Donfried à Europa - com paragens em Kiev, Moscovo e Bruxelas -- é abordar "o aumento das capacidades militares da Rússia e o reforço do compromisso dos EUA com a soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia".

Donfried chegou a Moscovo após uma visita a Kiev, onde coordenou posições com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitro Kuleba, com base no princípio de que "não há decisões sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", segundo um comunicado da diplomacia ucraniana.

Essas consultas russo-americanas são as primeiras desde a cimeira virtual entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizada na passada semana.

Entre outras condições, a Rússia exige que a NATO retire as promessas feitas em 2008 à Geórgia e à Ucrânia de que serão admitidas na Aliança Atlântica, uma das "linhas vermelhas" do Kremlin.

Moscovo também exigiu que a NATO afastasse as suas manobras militares das fronteiras russas, que fosse acordada uma distância mínima de aproximação entre os navios e aeronaves militares de ambas as partes e que fosse retomado o diálogo entre os ministérios da Defesa da Rússia, dos EUA e da Aliança Atlântica.

 

 

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