Derek Chauvin declara-se culpado de violar os direitos civis de Floyd

O ex-polícia condenado pela morte de George Floyd declarou-se como culpado das acusações federais que recaíam sobre si, esta quarta-feira.

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© Pool via REUTERS

Notícias ao Minuto
15/12/2021 15:42 ‧ 15/12/2021 por Notícias ao Minuto

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Derek Chauvin confessou ser culpado de uma acusação federal que indicava que este tinha usado a sua posição como polícia de Minneapolis para violar os direitos constitucionais de George Floyd, noticia o The New York Times.

O ex-agente da polícia já foi condenado a 22 anos e meio de prisão pelas acusações de assassinato e homicídio involuntário, por ter pressionado o joelho contra o pescoço de Floyd enquanto o cidadão negro se queixava de que não conseguia respirar, durante a sua detenção, em 25 de maio de 2020.

Chauvin e outros três ex-agentes (Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao) foram julgados no final de janeiro sob acusações federais de terem violado deliberadamente os direitos de George Floyd. Hoje, Derek Chauvin admitiu a sua culpa.

Chauvin declarou-se culpado num tribunal norte-americano de St. Paul, numa aparição que representa, provavelmente, um dos períodos mais longos que passou fora da prisão desde que foi acusado de homicídio em segundo grau, em abril.  Desde então, recorde-se, o ex-agente tem estado detido em isolamento na única prisão de segurança máxima do Minnesota, onde é autorizado a sair da sua cela durante uma hora por dia.

A confissão foi conseguida através de um acordo levado a cabo pela defesa de Derek, que pretende, desta forma, que o juiz o condene a uma pena de prisão de 25 anos no total. Isto significa que aos 22 anos e meio a que já foi condenado, acrescentaria apenas mais dois anos e meio à pena.

Estes processos duplos são autorizados nos Estados Unidos, mas são pouco comuns, refletindo, neste caso, a importância do caso da morte de Floyd, pelo impacto social que causou, provocando diversas manifestações contra o racismo e contra a violência policial em várias cidades.

Inicialmente, em setembro, Chauvin tinha-se declarado inocente, mas mudou a sua estratégia de defesa e hoje compareceu pessoalmente em tribunal para se dar como culpado do crime de violação dos direitos civis da vítima, no âmbito de um acordo com os procuradores, que permitirá evitar um novo julgamento.

Ainda não há uma data para a audiência da sentença, mas os procuradores pedem uma pena de 25 anos de prisão para este crime federal, a serem cumpridos concomitantemente com a sentença proferida pelo tribunal estadual.

Por regra, nos Estados Unidos, os réus cumprem cerca de 85% das sentenças federais presumindo bom comportamento, o que significa que, se o juiz aplicar a Chauvin o máximo de 25 anos solicitados, o antigo polícia deverá cumprir cerca de seis anos e três meses atrás das grades, além da sua sentença do tribunal estadual.

[Notícia atualizada às 17h51]

Leia Também: Ex-polícia acusado do homicídio de George Floyd deve declarar-se culpado

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